Conseguir trabalho em TI no exterior não chega a ser um bicho de sete cabeças nem possibilidade restrita aos experts. Mas exige foco e disposição para garimpar oportunidades.
A ordem de não dispersar vale especialmente para o leitor de 26 anos, que faz cursos de Sistemas de Informação e de inglês, trabalha como programador e sonha um dia ir para o exterior. Pensando nisso, na faculdade, ele desenvolve um projeto para a Dinamarca, mas que toma muito de seu tempo. O que seria melhor fazer?
Vamos avaliar as atividades dele, priorizando a meta de trabalhar com TI no exterior. A graduação em Sistemas de Informação, nem se discute, é fundamental para alcançar o objetivo. Nenhuma boa empresa emprega profissionais sem graduação.
O curso de inglês também é importante, mas pode ser temporariamente interrompido, para ceder tempo a outra atividade, como o projeto que ele desenvolve para a Dinamarca.
Mas é preciso avaliar a relevância do projeto. O sistema que está em desenvolvimento é inovador? Inclui tecnologias ou métodos inovadores? Se for algo feijão-com-arroz, que muita gente domina e não signifique um upgrade de conhecimentos, é melhor que ele se concentre nos estudos.
Em paralelo, é importante ir pavimentando o caminho em direção ao exterior. Envolver-se em fóruns internacionais de programadores é uma boa opção. Assim, ele fica sabendo das novidades, troca informações, faz contatos e treina seu inglês.
É bom lembrar que foi por meio da participação em fóruns que o brasileiro Marcelo Tosatti recebeu o convite de Linux Torvalds para cuidar do kernel estável do Linux.
Outra possibilidade são os intercâmbios e os estágios remunerados no exterior. Há um mar de oportunidades aí. Para conseguir a melhor, vale colher informações em sites como o Universia e o da Central de Intercâmbio.
Não se deve esquecer de ver as possibilidades de estágio no exterior também na faculdade. Algumas instituições de ensino possuem departamentos especiais para cuidar disso e até convênios com alguns países.
(InfoExame)
sábado, outubro 14, 2006
A corrida depois de um clique
É muito complexa operação de logística por trás de uma compra na internet.
Fechar uma compra pela internet é uma operação relativamente simples. Escolhe-se o produto, preenchem-se alguns dados e a mercadoria chega à porta de sua casa alguns dias depois - seja em São Paulo, seja no interior do Piauí. Por trás dessa comodidade toda, no entanto, está uma das mais complexas operações possíveis no mundo da logística. O clique do internauta na tela do computador desencadeia uma série de operações que exigem uma engenharia capaz de fazer o produto - um simples CD ou um notebook de última geração - chegar de forma segura e no menor tempo possível à casa do cliente. Para que a entrega aconteça, dezenas de profissionais, às vezes centenas deles, são mobilizados numa corrida frenética que não tem similar. A razão para esse frenesi é simples. Em contratos normais envolvendo empresas de logística, é possível saber com certa antecedência para onde a carga vai e a que horas deve sair. No caso das compras eletrônicas, a previsibilidade é quase nula. A partir do momento em que a compra é realizada, começa uma corrida contra o tempo. "O comércio eletrônico é a expressão máxima da inteligência estratégica que envolve um trabalho de logística", afirma o professor Alberto Luís Albertin, da Fundação Getu lio Vargas.
Nessa gincana contra o relógio, uma das empresas que mais se destacam é o Submarino, um dos líderes do comércio varejista virtual no Brasil com faturamento anual de 574 milhões de reais. Como se verá, o Submarino é, acima de tudo, uma empresa de logística. Diariamente, a companhia processa cerca de 15 000 pedidos. É uma enormidade. Numa comparação livre, corresponderia ao trabalho de 100 operadoras de telemarketing trabalhando 24 horas por dia e com uma excepcional média de 10 minutos gastos por atendimento. Apesar desse grande volume, o método de trabalho criado pela empresa possibilita que, aproximadamente, 90% desses pedidos sejam entregues num prazo máximo de um dia (isso se a encomenda for feita da região metropolitana de São Paulo). Como eles fazem isso? Elementar. Depois que o consumidor fecha a compra, entra em cena uma máquina de guerra. São mais de 300 funcionários envolvidos em tarefas que incluem a captação do pedido, a localização do item desejado, a retirada da prateleira, o processo de embalagem e o envio até a residência do cliente. A complexidade aumenta porque são quase 700 000 itens no catálogo do Submarino.
O primeiro passo desse processo é dar uma "identidade" ao pedido. Logo que a compra é processada, emite-se uma nota fiscal com os dados pessoais do consumidor e as especificações da mercadoria. Trata-se de uma espécie de certidão de nascimento da encomenda, algo que vai acompanhá-la até o final da jornada. A nota fiscal é então enviada pelo sistema aos computadores do centro de distribuição da empresa, estrategicamente localizado em Osasco, cidade da Grande São Paulo próxima à rodovia Castelo Branco e à Marginal Pinheiros. O prédio impressiona pelas dimensões: pé-direito de mais de 10 metros de altura e área de 35 000 metros quadrados, o equivalente a quatro campos de futebol. No total, a capacidade de armazenamento é de 800 000 produtos.
É no meio desse gigantesco armazém que pulsa o coração de uma loja virtual. Durante 24 horas por dia, de domingo a domingo, centenas de funcionários correm de um lado para o outro em meio a pilhas de caixas abarrotadas de produtos. Nada lembra mais o trabalho realizado por formigas ou abelhas que a segunda parte da operação: a localização e a retirada do produto das prateleiras. Com o auxílio de empilhadeiras, alguns desses funcionários passam o dia esvaziando e recolocando mercadorias nas prateleiras, num ciclo sem fim. O movimento incessante é controlado por computadores, que analisam o fluxo de vendas, informam onde cada mercadoria está estocada e acompanham todos os estágios do processo. Tal operação é repetida 15 000 vezes por dia. "Esse trabalho requer brutal planejamento e uma estrutura que deve funcionar sem falhas em todas as suas etapas", diz Armando Marchesan Neto, diretor de operações e logística do Submarino.
Atualmente, cada pedido é feito separadamente, o que torna a operação um pouco mais lenta. Nas próximas semanas, o Submarino deve mudar esse sistema. Com investimentos de 4 milhões de reais, a empresa trará ao país um novo equipamento que tornará mais veloz a separação e a classificação dos pedidos. Com o novo modelo, todos os produtos serão separados por lotes, em vez de unitariamente. Isso significa que o operador não precisará ir várias vezes a uma mesma prateleira do estoque - um avanço e tanto considerando que, somadas, as prateleiras alcançariam 25 quilômetros de extensão. "O funcionário sairá uma única vez para separar toda a quantidade necessária referente a um conjunto de pedidos", diz Marchesan Neto. Depois de separado, o produto vai para o departamento de empacotamento e segue em esteiras para a última parte do processo: o envio. Essa etapa é terceirizada. O Submarino é atendido por 12 empresas, sendo que três delas possuem unidades dentro do próprio centro de distribuição do cliente.
Há cinco anos, o comércio eletrônico vive um período de forte expansão no Brasil. Em 2005, o negócio faturou 2,5 bilhões de reais, um crescimento de 43% sobre o ano anterior. Proje ções indicam desempenho ainda melhor em 2006, com receitas da ordem de 3,9 bilhões. Desde 2001, o varejo eletrônico cresceu 355%. É verdade que os indicadores ainda são tímidos se comparados aos dos Estados Unidos. Lá, apenas as vendas de roupas pela internet movimentam 11 bilhões de dólares por ano. Sem contar o setor de viagens, os consumidores americanos compraram no ano passado o equivalente a 82 bilhões de dólares pela internet, 24% mais que em 2004. No Brasil, problemas de infra-estrutura prejudicam a expansão do setor. Um deles é o custo do frete. Estudos indicam que os custos brasileiros somam 7,7% do PIB, ante 5% dos americanos.
Nenhuma empresa simboliza tão bem essa pujança americana como a Amazon. A varejista mais conhecida da internet é um gigante com vendas anuais de 10 bilhões de dólares. Em Nova York, cada cliente recebe os livros que compra na Amazon no mesmo dia e de graça. Só para efeito de comparação, a Amazon tem um centro de distribuição que é quase o triplo do Submarino e registra 2 milhões de pedidos ao dia. Agora, a empresa prepara um salto no que os especialistas chamam de logística digital, uma tecnologia ainda incipiente que começa a ganhar musculatura com a venda de arquivos de música e vídeo pela internet. Aguarda-se para breve o lançamento, pela Amazon, de um serviço para baixar filmes e programas de televisão. Nesse caso, o desafio será como garantir que o produto chegue às mãos de quem o comprou, sem distribuição de cópias ilegais no processo.
O Brasil está num estágio anterior. E isso tem mais a ver com a falta de maturidade desse mercado do que com ausência de iniciativas por parte do empresariado. O sistema de entregas do Pão de Açúcar pela internet ilustra com perfeição essa dificuldade. São dez anos de funcionamento (e várias reestruturações) no negócio de delivery. A idéia parecia simplesmente genial. Proporcionar ao consumidor fazer as compras de casa sem precisar ir até o supermercado. O problema é que essa operação exige altos investimentos em logística e o resultado até pouco tempo não tinha sido satisfatório. Em boa parte, devido à desconfiança dos clientes. Não só em relação à transmissão de dados de cartão de crédito pela internet como pela qualidade dos produtos entregues. Os consumidores esqueciam o comodismo para poder escolher a própria alface ou as batatas que gostariam de levar para casa. Mesmo assim a operação vem crescendo. Em 2005, o aumento das vendas foi de 25% em relação ao ano anterior.
Depois de várias investidas, o Pão de Açúcar descobriu a receita de como entregar produtos congelados, gelados ou secos ao mesmo tempo. Atualmente, a rede oferece na internet 12 000 dos 18 000 itens vendidos em suas lojas reais. Por mês, recebe virtualmente 25 000 pedidos, com cerca 120 itens cada um. Para garantir a qualidade do serviço, os 56 caminhões da frota foram adaptados para acondicionar produtos perecíveis sem danos. A previsão de saída dessa frota é sempre às 6 horas do dia seguinte ao pedido. Durante a noite, itens como carnes, iogurtes e verduras são embalados em horários entre meia-noite e 4 horas da manhã. As folhagens são acondicionadas quase na mesma hora da saída do transportador. "O negócio de alimentos na internet é estratégico para o grupo no longo prazo", afirma Alexandre Luiz de Lima, coordenador de comércio eletrônico do Pão de Açúcar. "Temos de acompanhar as mudanças de hábito do consumidor." E rapidamente, sempre rapidamente.
Expansão virtual
# Os dados mostram o crescimento do comércio eletrônico no país
# Segundo a Associação Brasileira de Logística, todos os segmentos existentes dentro do comércio eletrônico representam hoje cerca de 10% do mercado de logística no país
# Enquanto o mercado de encomendas tradicionais deve fechar 2006 com crescimento de 14%, as entregas para o comércio eletrônico devem avançar muito mais no mesmo período: quase 85%
# Em 2005,o comércio eletrônico faturou 2,5 bilhões de reais, um crescimento de 43% sobre o ano anterior. Projeções indicam um desempenho melhor em 2006,com receitas da ordem de 3,9 bilhões
Portal EXAME
Fechar uma compra pela internet é uma operação relativamente simples. Escolhe-se o produto, preenchem-se alguns dados e a mercadoria chega à porta de sua casa alguns dias depois - seja em São Paulo, seja no interior do Piauí. Por trás dessa comodidade toda, no entanto, está uma das mais complexas operações possíveis no mundo da logística. O clique do internauta na tela do computador desencadeia uma série de operações que exigem uma engenharia capaz de fazer o produto - um simples CD ou um notebook de última geração - chegar de forma segura e no menor tempo possível à casa do cliente. Para que a entrega aconteça, dezenas de profissionais, às vezes centenas deles, são mobilizados numa corrida frenética que não tem similar. A razão para esse frenesi é simples. Em contratos normais envolvendo empresas de logística, é possível saber com certa antecedência para onde a carga vai e a que horas deve sair. No caso das compras eletrônicas, a previsibilidade é quase nula. A partir do momento em que a compra é realizada, começa uma corrida contra o tempo. "O comércio eletrônico é a expressão máxima da inteligência estratégica que envolve um trabalho de logística", afirma o professor Alberto Luís Albertin, da Fundação Getu lio Vargas.
Nessa gincana contra o relógio, uma das empresas que mais se destacam é o Submarino, um dos líderes do comércio varejista virtual no Brasil com faturamento anual de 574 milhões de reais. Como se verá, o Submarino é, acima de tudo, uma empresa de logística. Diariamente, a companhia processa cerca de 15 000 pedidos. É uma enormidade. Numa comparação livre, corresponderia ao trabalho de 100 operadoras de telemarketing trabalhando 24 horas por dia e com uma excepcional média de 10 minutos gastos por atendimento. Apesar desse grande volume, o método de trabalho criado pela empresa possibilita que, aproximadamente, 90% desses pedidos sejam entregues num prazo máximo de um dia (isso se a encomenda for feita da região metropolitana de São Paulo). Como eles fazem isso? Elementar. Depois que o consumidor fecha a compra, entra em cena uma máquina de guerra. São mais de 300 funcionários envolvidos em tarefas que incluem a captação do pedido, a localização do item desejado, a retirada da prateleira, o processo de embalagem e o envio até a residência do cliente. A complexidade aumenta porque são quase 700 000 itens no catálogo do Submarino.
O primeiro passo desse processo é dar uma "identidade" ao pedido. Logo que a compra é processada, emite-se uma nota fiscal com os dados pessoais do consumidor e as especificações da mercadoria. Trata-se de uma espécie de certidão de nascimento da encomenda, algo que vai acompanhá-la até o final da jornada. A nota fiscal é então enviada pelo sistema aos computadores do centro de distribuição da empresa, estrategicamente localizado em Osasco, cidade da Grande São Paulo próxima à rodovia Castelo Branco e à Marginal Pinheiros. O prédio impressiona pelas dimensões: pé-direito de mais de 10 metros de altura e área de 35 000 metros quadrados, o equivalente a quatro campos de futebol. No total, a capacidade de armazenamento é de 800 000 produtos.
É no meio desse gigantesco armazém que pulsa o coração de uma loja virtual. Durante 24 horas por dia, de domingo a domingo, centenas de funcionários correm de um lado para o outro em meio a pilhas de caixas abarrotadas de produtos. Nada lembra mais o trabalho realizado por formigas ou abelhas que a segunda parte da operação: a localização e a retirada do produto das prateleiras. Com o auxílio de empilhadeiras, alguns desses funcionários passam o dia esvaziando e recolocando mercadorias nas prateleiras, num ciclo sem fim. O movimento incessante é controlado por computadores, que analisam o fluxo de vendas, informam onde cada mercadoria está estocada e acompanham todos os estágios do processo. Tal operação é repetida 15 000 vezes por dia. "Esse trabalho requer brutal planejamento e uma estrutura que deve funcionar sem falhas em todas as suas etapas", diz Armando Marchesan Neto, diretor de operações e logística do Submarino.
Atualmente, cada pedido é feito separadamente, o que torna a operação um pouco mais lenta. Nas próximas semanas, o Submarino deve mudar esse sistema. Com investimentos de 4 milhões de reais, a empresa trará ao país um novo equipamento que tornará mais veloz a separação e a classificação dos pedidos. Com o novo modelo, todos os produtos serão separados por lotes, em vez de unitariamente. Isso significa que o operador não precisará ir várias vezes a uma mesma prateleira do estoque - um avanço e tanto considerando que, somadas, as prateleiras alcançariam 25 quilômetros de extensão. "O funcionário sairá uma única vez para separar toda a quantidade necessária referente a um conjunto de pedidos", diz Marchesan Neto. Depois de separado, o produto vai para o departamento de empacotamento e segue em esteiras para a última parte do processo: o envio. Essa etapa é terceirizada. O Submarino é atendido por 12 empresas, sendo que três delas possuem unidades dentro do próprio centro de distribuição do cliente.
Há cinco anos, o comércio eletrônico vive um período de forte expansão no Brasil. Em 2005, o negócio faturou 2,5 bilhões de reais, um crescimento de 43% sobre o ano anterior. Proje ções indicam desempenho ainda melhor em 2006, com receitas da ordem de 3,9 bilhões. Desde 2001, o varejo eletrônico cresceu 355%. É verdade que os indicadores ainda são tímidos se comparados aos dos Estados Unidos. Lá, apenas as vendas de roupas pela internet movimentam 11 bilhões de dólares por ano. Sem contar o setor de viagens, os consumidores americanos compraram no ano passado o equivalente a 82 bilhões de dólares pela internet, 24% mais que em 2004. No Brasil, problemas de infra-estrutura prejudicam a expansão do setor. Um deles é o custo do frete. Estudos indicam que os custos brasileiros somam 7,7% do PIB, ante 5% dos americanos.
Nenhuma empresa simboliza tão bem essa pujança americana como a Amazon. A varejista mais conhecida da internet é um gigante com vendas anuais de 10 bilhões de dólares. Em Nova York, cada cliente recebe os livros que compra na Amazon no mesmo dia e de graça. Só para efeito de comparação, a Amazon tem um centro de distribuição que é quase o triplo do Submarino e registra 2 milhões de pedidos ao dia. Agora, a empresa prepara um salto no que os especialistas chamam de logística digital, uma tecnologia ainda incipiente que começa a ganhar musculatura com a venda de arquivos de música e vídeo pela internet. Aguarda-se para breve o lançamento, pela Amazon, de um serviço para baixar filmes e programas de televisão. Nesse caso, o desafio será como garantir que o produto chegue às mãos de quem o comprou, sem distribuição de cópias ilegais no processo.
O Brasil está num estágio anterior. E isso tem mais a ver com a falta de maturidade desse mercado do que com ausência de iniciativas por parte do empresariado. O sistema de entregas do Pão de Açúcar pela internet ilustra com perfeição essa dificuldade. São dez anos de funcionamento (e várias reestruturações) no negócio de delivery. A idéia parecia simplesmente genial. Proporcionar ao consumidor fazer as compras de casa sem precisar ir até o supermercado. O problema é que essa operação exige altos investimentos em logística e o resultado até pouco tempo não tinha sido satisfatório. Em boa parte, devido à desconfiança dos clientes. Não só em relação à transmissão de dados de cartão de crédito pela internet como pela qualidade dos produtos entregues. Os consumidores esqueciam o comodismo para poder escolher a própria alface ou as batatas que gostariam de levar para casa. Mesmo assim a operação vem crescendo. Em 2005, o aumento das vendas foi de 25% em relação ao ano anterior.
Depois de várias investidas, o Pão de Açúcar descobriu a receita de como entregar produtos congelados, gelados ou secos ao mesmo tempo. Atualmente, a rede oferece na internet 12 000 dos 18 000 itens vendidos em suas lojas reais. Por mês, recebe virtualmente 25 000 pedidos, com cerca 120 itens cada um. Para garantir a qualidade do serviço, os 56 caminhões da frota foram adaptados para acondicionar produtos perecíveis sem danos. A previsão de saída dessa frota é sempre às 6 horas do dia seguinte ao pedido. Durante a noite, itens como carnes, iogurtes e verduras são embalados em horários entre meia-noite e 4 horas da manhã. As folhagens são acondicionadas quase na mesma hora da saída do transportador. "O negócio de alimentos na internet é estratégico para o grupo no longo prazo", afirma Alexandre Luiz de Lima, coordenador de comércio eletrônico do Pão de Açúcar. "Temos de acompanhar as mudanças de hábito do consumidor." E rapidamente, sempre rapidamente.
Expansão virtual
# Os dados mostram o crescimento do comércio eletrônico no país
# Segundo a Associação Brasileira de Logística, todos os segmentos existentes dentro do comércio eletrônico representam hoje cerca de 10% do mercado de logística no país
# Enquanto o mercado de encomendas tradicionais deve fechar 2006 com crescimento de 14%, as entregas para o comércio eletrônico devem avançar muito mais no mesmo período: quase 85%
# Em 2005,o comércio eletrônico faturou 2,5 bilhões de reais, um crescimento de 43% sobre o ano anterior. Projeções indicam um desempenho melhor em 2006,com receitas da ordem de 3,9 bilhões
Portal EXAME
Caçador de crimes cibernéticos: saiba como se tornar um!
O Brasil entrou para o calendário internacional de eventos sobre perícias em crimes cibernéticos devido aos altos índices de ataques de worms, invasões, scans e fraudes. Só no primeiro semestre de 2006, foram feitos quase 78 mil tentativas de invasão, segundo o balanço do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Já os dados da Polícia Federal mostram que a cada dez quadrilhas de hackers no mundo oito são brasileiras. Em função disso, o Brasil sediará em novembro deste ano a ICCyber 2006, III Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos.
Novo profissional
Diante deste quadro, surge no Brasil um tipo de profissional que poderia até ser comparado ao personagem de caçador de andróides no filme "Blade Runner", - que é o perito ou especialista em crimes cibernéticos. A diferença para o que acontece hoje em dia é que a investigação do crime e a perseguição dos bandidos acontecem na Internet. "Qualquer movimento que se faça na Web deixa rastro. Pode até demorar um pouco para encontrar a pessoa, mas ela é achada", afirma Paulo Quintiliano, perito-chefe criminal em Ciência da Computação da Polícia Federal.
Quem quer entrar nesse mercado deve ter formação, preferencialmente, em Ciência da Computação. Depois de formado, um dos caminhos é o setor público e o outro é o privado. Para atuar no setor público como perito criminal federal, nomeado por um juiz, é preciso fazer concurso público. A outra opção é tornar-se um especialista/investigador particular que trabalha para grandes empresas ou em parceria com escritórios de advocacia na parte civil.
"O crescimento da mobilidade fez explodir a demanda por esses especialistas que atuam entre a área de TI e a de direito. Ter conhecimento dos dois lados é essencial por que os crimes praticados na Internet são julgados com base no Código Penal", diz o Giuliano Giova, diretor do IBP, Instituto Brasileiro de Peritos em Comércio Eletrônico e Telemática.
Preparar-se para ser um caçador cibernético depende de muito estudo e dedicação, ressalta o consultor de segurança Victor Hugo Menegotto, da Axur Information Security (www.axur.com.br), empresa brasileira de consultoria e desenvolvimento de soluções para gestão de segurança da informação. A companhia oferece o Curso de Forense Computacional onde os alunos aprendem como exibir as funcionalidades de softwares e ferramentas utilizadas durante um processo de perícia e a maneira de abordar os procedimentos que devem ser tomados no início de um processo de perícia.
Para Juliana Abrusio, advogada sócia do escritório Opice Blum, o mercado ainda está em formação. "O número de crimes cibernéticos cresce a cada dia e não há mão-de-obra suficiente para coibir os casos. Fora isso, quem já está no mercado de trabalho ainda não tem experiência suficiente", diz Juliana que também é professora do curso de Direito Digital na Universidade Mackenzie.
Quem comete os crimes cibernéticos
Por trás dos crimes cibernéticos, estão, na maior parte, crianças com idade a partir dos 10 anos, que já começam a usar a Internet para praticar atos ilícitos como propagar códigos maliciosos. "Em muitos casos, essas crianças têm cobertura dos pais, que desconhecem o que elas estão fazendo. Os responsáveis acham que seus filhos são gênios da computação", explica Paulo Quintiliano, da Polícia Federal. "Antes, a inspiração dessas crianças era participar de gangues cibernéticas que disputavam entre si o território virtual. Agora, houve uma evolução para grupos que querem tirar vantagem financeira das pessoas como roubar senhas para fazer saques bancários", diz.
Tipos de crimes mais comuns
Exploração sexual de crianças pela Internet, fraudes contra entidades financeiras, terrorismo cibernético, divulgação de informações criminosas por meio da Internet, difamação, calúnia pela Rede.
Metodologias de investigação
A inteligência da perícia policial tecnológica usa metodologias correlatas à investigação de campo para encontrar os criminosos virtuais. Para isso, compartilham bancos de dados entre as representações da Polícia Federal nos estados, usam de criptologia, de biometria, de redes neurais artificiais, de reconhecimento de padrões, de processamento de sinais, de prevenção e detecção de intrusão, de processamento de imagens, entre outras.
Evento sobre crimes cibernéticos
O Brasil sediará em novembro deste ano a ICCyber 2006, III Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos. O evento será realizado juntamente com a First International Conference on Forensic Computer Science (ICoFCS 2006), que é um evento criado para estimular a comunidade científica a fazer pesquisas para a Ciência da Computação Forense.
O evento é promovido e coordenado pela Diretoria Técnico-Científica do Departamento de Polícia Federal, por meio do Serviço de Perícias em Informática do Instituto Nacional de Criminalística. Neste ano a ICCyber acontecerá nos dias 6 a 8 de novembro de 2006 no Blue Tree Brasília. As inscrições já estão abertas. Informações pelo site http://www.iccyber.org/2006/index.htm
(WNews)
Novo profissional
Diante deste quadro, surge no Brasil um tipo de profissional que poderia até ser comparado ao personagem de caçador de andróides no filme "Blade Runner", - que é o perito ou especialista em crimes cibernéticos. A diferença para o que acontece hoje em dia é que a investigação do crime e a perseguição dos bandidos acontecem na Internet. "Qualquer movimento que se faça na Web deixa rastro. Pode até demorar um pouco para encontrar a pessoa, mas ela é achada", afirma Paulo Quintiliano, perito-chefe criminal em Ciência da Computação da Polícia Federal.
Quem quer entrar nesse mercado deve ter formação, preferencialmente, em Ciência da Computação. Depois de formado, um dos caminhos é o setor público e o outro é o privado. Para atuar no setor público como perito criminal federal, nomeado por um juiz, é preciso fazer concurso público. A outra opção é tornar-se um especialista/investigador particular que trabalha para grandes empresas ou em parceria com escritórios de advocacia na parte civil.
"O crescimento da mobilidade fez explodir a demanda por esses especialistas que atuam entre a área de TI e a de direito. Ter conhecimento dos dois lados é essencial por que os crimes praticados na Internet são julgados com base no Código Penal", diz o Giuliano Giova, diretor do IBP, Instituto Brasileiro de Peritos em Comércio Eletrônico e Telemática.
Preparar-se para ser um caçador cibernético depende de muito estudo e dedicação, ressalta o consultor de segurança Victor Hugo Menegotto, da Axur Information Security (www.axur.com.br), empresa brasileira de consultoria e desenvolvimento de soluções para gestão de segurança da informação. A companhia oferece o Curso de Forense Computacional onde os alunos aprendem como exibir as funcionalidades de softwares e ferramentas utilizadas durante um processo de perícia e a maneira de abordar os procedimentos que devem ser tomados no início de um processo de perícia.
Para Juliana Abrusio, advogada sócia do escritório Opice Blum, o mercado ainda está em formação. "O número de crimes cibernéticos cresce a cada dia e não há mão-de-obra suficiente para coibir os casos. Fora isso, quem já está no mercado de trabalho ainda não tem experiência suficiente", diz Juliana que também é professora do curso de Direito Digital na Universidade Mackenzie.
Quem comete os crimes cibernéticos
Por trás dos crimes cibernéticos, estão, na maior parte, crianças com idade a partir dos 10 anos, que já começam a usar a Internet para praticar atos ilícitos como propagar códigos maliciosos. "Em muitos casos, essas crianças têm cobertura dos pais, que desconhecem o que elas estão fazendo. Os responsáveis acham que seus filhos são gênios da computação", explica Paulo Quintiliano, da Polícia Federal. "Antes, a inspiração dessas crianças era participar de gangues cibernéticas que disputavam entre si o território virtual. Agora, houve uma evolução para grupos que querem tirar vantagem financeira das pessoas como roubar senhas para fazer saques bancários", diz.
Tipos de crimes mais comuns
Exploração sexual de crianças pela Internet, fraudes contra entidades financeiras, terrorismo cibernético, divulgação de informações criminosas por meio da Internet, difamação, calúnia pela Rede.
Metodologias de investigação
A inteligência da perícia policial tecnológica usa metodologias correlatas à investigação de campo para encontrar os criminosos virtuais. Para isso, compartilham bancos de dados entre as representações da Polícia Federal nos estados, usam de criptologia, de biometria, de redes neurais artificiais, de reconhecimento de padrões, de processamento de sinais, de prevenção e detecção de intrusão, de processamento de imagens, entre outras.
Evento sobre crimes cibernéticos
O Brasil sediará em novembro deste ano a ICCyber 2006, III Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos. O evento será realizado juntamente com a First International Conference on Forensic Computer Science (ICoFCS 2006), que é um evento criado para estimular a comunidade científica a fazer pesquisas para a Ciência da Computação Forense.
O evento é promovido e coordenado pela Diretoria Técnico-Científica do Departamento de Polícia Federal, por meio do Serviço de Perícias em Informática do Instituto Nacional de Criminalística. Neste ano a ICCyber acontecerá nos dias 6 a 8 de novembro de 2006 no Blue Tree Brasília. As inscrições já estão abertas. Informações pelo site http://www.iccyber.org/2006/index.htm
(WNews)
Mitos comuns sobre ITIL
A seção Datamation, do portal IT Management, publicou, recentemente, um artigo de Drew Robb, jornalista norte-americano especializado em tecnologia e negócios, sobre alguns mitos que estão sendo criados em decorrência da disseminação do padrão ITIL. Segundo o autor, embora a padronização e o aprimoramento de processos com o uso de ITIL prometa melhorar a qualidade dos serviços e diminuir custos, alguns equívocos ou mitos podem interferir. Para melhor explicar, Robb abordou cada um dos mitos separadamente.
1º Mito: ITIL é para técnicos
De acordo com Drew Robb, é bem provável que caiba à área operacional de TI a tarefa de implementar ITIL, mas o apoio da área executiva é fundamental para o sucesso do processo. "Se a iniciativa ITIL ficar confinada aos profissionais de TI, é quase certo que, ao final da implementação, a empresa não perceberá que o investimento em tempo e dinheiro valeu a pena. ITIL é uma iniciativa de TI, mas compartilhada, onde cabe às diferentes partes definir as metas corporativas e os critérios para o sucesso", concorda Brian Johnson, fundador do itSMF e autor de 15 livros sobre o assunto.
2º Mito: ITIL envolve apenas pessoas e processos; a tecnologia não tem função
Para explica esse mito, o autor conta que os consultores de ITIL muitas vezes voltam o foco para a melhoria dos processos e questões organizacionais. Mas, segundo Robb, embora a definição de processos seja importante, só é possível perceber e avaliar ganho real de eficiência quando os processos são automatizados com a ajuda da tecnologia. As empresas que voltam o foco unicamente para pessoas e processos correm o risco de se tornar ditatoriais e burocráticas. "É fundamental o papel da tecnologia em ITIL", afirma David Ratcliffe, presidente e principal executivo da Pink Elephant, empresa de consultoria em ITIL com sede em Toronto.
3º Mito: Treinamento em ITIL = Sucesso de ITIL
Segundo o jornalista, a maior parte das empresas que embarcam em uma estratégia ITIL começam com processos muito ambiciosos de treinamento. O que elas esquecem, entretanto, é que a introdução de uma estrutura de melhores práticas é, na verdade, um exercício de mudança organizacional e cultural. "Não perceber isso é meio caminho para o fracasso", sentencia Drew Robb. O que acontece nesses casos é que as empresas tornam-se muito bem informadas sobre ITIL, mas sem um objetivo ou rumo. "As empresas que restringem o treinamento em ITIL a uma determinada área ou departamento podem acabar com outros departamentos ressentidos, o que irá prejudicar o andamento do projeto e gerar uma possível 'sabotagem a ITIL'", explica.
4º Mito: Um processo por vez
Muitas empresas optam por aprimorar apenas um único processo, como gerenciamento de incidentes, por exemplo, isoladamente. Mas como os processos ITIL são necessariamente interligados, é provável que as empresas que progrediram muito em um processo sem considerarem os demais processos relacionados não vejam resultados tangíveis de seus esforços e acabem perdendo tempo e dinheiro. Por isso, para o autor, a melhor abordagem é trabalhar simultaneamente no aprimoramento de duas ou três áreas de processos.
1º Mito: ITIL é para técnicos
De acordo com Drew Robb, é bem provável que caiba à área operacional de TI a tarefa de implementar ITIL, mas o apoio da área executiva é fundamental para o sucesso do processo. "Se a iniciativa ITIL ficar confinada aos profissionais de TI, é quase certo que, ao final da implementação, a empresa não perceberá que o investimento em tempo e dinheiro valeu a pena. ITIL é uma iniciativa de TI, mas compartilhada, onde cabe às diferentes partes definir as metas corporativas e os critérios para o sucesso", concorda Brian Johnson, fundador do itSMF e autor de 15 livros sobre o assunto.
2º Mito: ITIL envolve apenas pessoas e processos; a tecnologia não tem função
Para explica esse mito, o autor conta que os consultores de ITIL muitas vezes voltam o foco para a melhoria dos processos e questões organizacionais. Mas, segundo Robb, embora a definição de processos seja importante, só é possível perceber e avaliar ganho real de eficiência quando os processos são automatizados com a ajuda da tecnologia. As empresas que voltam o foco unicamente para pessoas e processos correm o risco de se tornar ditatoriais e burocráticas. "É fundamental o papel da tecnologia em ITIL", afirma David Ratcliffe, presidente e principal executivo da Pink Elephant, empresa de consultoria em ITIL com sede em Toronto.
3º Mito: Treinamento em ITIL = Sucesso de ITIL
Segundo o jornalista, a maior parte das empresas que embarcam em uma estratégia ITIL começam com processos muito ambiciosos de treinamento. O que elas esquecem, entretanto, é que a introdução de uma estrutura de melhores práticas é, na verdade, um exercício de mudança organizacional e cultural. "Não perceber isso é meio caminho para o fracasso", sentencia Drew Robb. O que acontece nesses casos é que as empresas tornam-se muito bem informadas sobre ITIL, mas sem um objetivo ou rumo. "As empresas que restringem o treinamento em ITIL a uma determinada área ou departamento podem acabar com outros departamentos ressentidos, o que irá prejudicar o andamento do projeto e gerar uma possível 'sabotagem a ITIL'", explica.
4º Mito: Um processo por vez
Muitas empresas optam por aprimorar apenas um único processo, como gerenciamento de incidentes, por exemplo, isoladamente. Mas como os processos ITIL são necessariamente interligados, é provável que as empresas que progrediram muito em um processo sem considerarem os demais processos relacionados não vejam resultados tangíveis de seus esforços e acabem perdendo tempo e dinheiro. Por isso, para o autor, a melhor abordagem é trabalhar simultaneamente no aprimoramento de duas ou três áreas de processos.
sexta-feira, outubro 06, 2006
Jogo de cobranças de faltas(Muito bom)
Jogo muito bom também, cobranças de falta. Acesse o link...
http://tincho.de/hosted/games/shootemin.swf
http://tincho.de/hosted/games/shootemin.swf
Assinar:
Postagens (Atom)