ICQ e Messenger no trabalho atrapalham?
Comunicadores instantâneos são úteis, mas algumas empresas proíbem o uso sob a alegação de que atrapalham a concentração e podem ser inseguros. Veja aqui algumas opiniões.
A praticidade e a popularidade dos comunicadores instantâneos ou instant messengers é inquestionável. Seja ICQ, MSN, Yahoo, AOL ou iChat, praticamente todo usuário ativo de internet utiliza pelo menos um desses serviços. Se você ainda não sabe, instant messenger é um programa que permite, a partir de uma lista de amigos, saber quem está online e enviar e receber mensagens de texto, voz e até vídeo.
Para uso pessoal, com os messengers podemos conversar instantaneamente e a qualquer distância com a família, com amigos, com marido, esposa ou namorada.
Na área profissional, é possível tirar rapidamente dúvidas com outras pessoas da área, falar com pessoas da empresa sem ter que sair da mesa, conversar com clientes e filiais sem gastos com ligações telefônicas. Os messengers chegam em alguns casos a substituir o e–mail.
Se os messengers apresentam tantas vantagens para as empresas, por que algumas delas estão bloqueando o seu uso? A grande polêmica existe porque, assim como acontece com a navegação na internet, as pessoas misturam o uso profissional e pessoal dos comunicadores, perdem a concentração e assim acabam prejudicando a produtividade.
Mas bloquear esses programas é a solução para esse problema? Essa atitude é boa ou prejudicial à produtividade? A seguir serão descritos alguns fatores para ajudá–lo a decidir.
Existem dois grandes pontos contrários ao uso dos comunicadores. O primeiro é que eles realmente atrapalham o desenvolvimento do trabalho e a concentração. Mesmo tentando usar os messengers apenas profissionalmente, sempre haverá alguém da lista de amigos que não fala com você há tempos, a esposa ou marido que quer saber se você vai chegar tarde em casa ou alguém da família que quer saber se você vai visitá–la no próximo feriado. Mas é preciso lembrar que, se não fosse pelo messenger, provavelmente a pessoa seria interrompida por e–mail ou telefone.
O segundo ponto negativo é o sigilo. Ao contrário do e–mail, os comunicadores oferecem uma dificuldade maior de monitoramento para saber que tipo de mensagem ou arquivo está saindo do ambiente interno da empresa.
Fora esses dois pontos, os comunicadores apresentam pontos bastante positivos. Assim como o e–mail e a navegação, os comunicadores são grandes fontes de informação.
Programadores, por exemplo, são grandes usuários dos comunicadores, trocando dicas e resolvendo problemas com amigos da mesma área com muita rapidez.
Outro fator a levar em consideração é que, cada vez mais, trabalho e vida pessoal se misturam. Com jornadas de trabalho que chegam a madrugadas e fins de semana, as pessoas precisam se comunicar de alguma maneira. Ao mesmo tempo em que pode atrapalhar, a comunicação pessoal pode fazer uma pessoa se sentir melhor por desabafar em um momento de tensão ou por conversar com familiares quando precisa ficar até mais tarde na empresa.
Com o bloqueio do messenger, os funcionários podem ficar insatisfeitos por achar que é uma atitude autoritária da empresa. Sempre haverá a comparação com a empresa do amigo em que o uso é liberado, e a proibição ou liberação pode até mesmo afetar a imagem da empresa.
A polêmica vem muito antes dos comunicadores: o uso do e–mail e da navegação na internet para uso pessoal já foi praticamente permitido pela maioria das empresas, já que é muito difícil fazer a seleção do que é pessoal e do que é profissional. Sempre existe uma maneira de evitar os bloqueios. Se a pessoa realmente quiser usar o comunicador, existem versões especiais pela web que permitem usar os programas diretamente no navegador. Caso isso seja descoberto, os gestores punirão essa pessoa?
A questão é realmente difícil, não há como dizer quem está certo ou não. A medida ideal seria realmente a liberação dos comunicadores no ambiente de trabalho contando com o bom senso dos funcionários. Será que isso é possível? [Webinsider]
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